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As vertentes ocultas em “A Bela e A Fera”

Publicado: 28/03/2017 as 14:51

O retorno do filme “A Bela e a Fera” aos cinemas  reacendeu memórias de várias pessoas que tiveram uma infância regada à magia do mundo da Disney. Porém, quando crianças, as pessoas não dão tanta atenção às lições que o universo da animação traz para o mundo real.

Com o lançamento do live action, pais e filhos foram acompanhar o retorno da história de um príncipe e uma princesa um tanto quanto peculiares. Então, vendo a relação dos filmes, tanto da versão de 1991 quanto da de 2017, resolvemos pontuar algumas questões que podemos trazer para o mundo real:

 

1)Narcisismo

Todo mundo que assistiu alguma versão do filme, percebeu o quanto Gaston é narcisista, não é mesmo? Ele tem aquela aparência que todos acham irresistível: lindo, charmoso, forte e destemido. Ele tem certeza de que todas as mulheres estão aos seus pés justamente por ser assim. Realmente algumas belas mulheres “correm” atrás dele por causa de seu status na aldeia em que mora e por essa beleza singular. Mas ele não soube levar isso a seu favor e não procurou alimentar aquilo que é mais precioso do que um simples rosto bonito, a beleza interior. Gaston é fútil e se acha bom demais para qualquer mulher. Menos para Bela,  que o rejeita.

Acho que todos conhecemos alguém assim na vida, aquele(a)que se acha bom demais para se relacionar com algumas pessoas.

Como diz Macunaíma: “Ai, que preguiça!”

 

2)As mulheres são valiosas

Muitos podem achar Bela a exceção. Mas não é.

Bela é aquela menina comum, de uma pequena aldeia perto de um castelo, que adora ler, amar, caminhar, andar a cavalo, ficar com a família – que no caso é seu pai- e curtir tudo o que a natureza e os livros podem oferecer. Ela é forte e destemida!Enfrenta tudo e todos para salvar seu pai de grandes perigos, inclusive de uma fera.

A personalidade de Bela nos faz lembrar de nossas mães, avós e todas as mulheres que buscam alcançar seus sonhos, independente da opinião de outras pessoas, seja através dos livros ou do suor de cada dia. E, óbvio, mulheres são guerreiras!

 

3)Nem sempre a maioria é o lado correto da história

Na aldeia em que Bela vive, as pessoas a consideram “esquisita” por gostar tanto de ler e fazer coisas incomuns às meninas da sua idade, naquela época. Ela é julgada por isso e percebida somente por sua beleza única. A vida que Bela leva incomoda muitas pessoas, inclusive Gaston, que diz que as mulheres não devem ler. Bem antiquado, não?

 

 

 

4)Olhe através do espelho

A Fera é uma criatura condenada à solidão por uma bruxa que acreditava na mudança das pessoas. Antes do feitiço, ela era um príncipe lindo e elegante, porém malvado e sem amor no coração. Com o feitiço que o deixou com aparência de fera, ele se isolou do mundo externo e viveu apenas esperando o fim de sua vida. Mas, com a chegada de Bela e do amor que ela o fez sentir, o príncipe conseguiu ser uma pessoa melhor e ver o mundo através dos olhos de Bela. E que mundo maravilhoso!

Com todos esses acontecimentos, a Fera se transforma ao ponto de Bela se apaixonar por ela sem levar em consideração sua aparência espantosa. Inclusive, conversando com alguns leitores, pudemos perceber que a grande maioria preferia a aparência da Fera a do príncipe. Nada surpreendente para pessoas maravilhosas!

 

5)A singularidade do conto A Bela e a Fera

Para quem já viu outros contos produzidos pela Disney, percebeu que o amor das princesas pelos príncipes sempre surge através de um ato heroico ou com um simples beijo. No conto da Bela e a Fera, o amor dos dois é construído com o tempo, com a amizade e a aproximação que os dois tem. É uma história tão especial, que esse amor vai além de todos os parâmetros construídos pela sociedade daquela época. Fala sério, esse casal arrancou vários suspiros de quem foi ao cinema acompanhar essa trama!

 

Então, o que você achou do filme e quais as lições que você tirou dele? Alguém se identifica com a Bela ou com a Fera? Conte para a gente nos comentários e curta o filme em live action que ainda está nos cinemas!Au revoir e até a próxima, leitor!

 

Escrito por: Karoline Maia